O suplemento como importante aliado à alimentação

O atual mercado de suplementos alimentares dispõe de inúmeras opções para atender atletas e pessoas interessadas em obter ganho muscular, definição ou melhores resultados na busca por um corpo mais saudável. E um cuidado importante para quem pretende fazer uso da suplementação é buscar o máximo de informações sobre os seus efeitos e benefícios.

A nutricionista Ana Paula Nunes Bento é especialista em Nutrição Esportiva e defende a orientação profissional antes de se consumir qualquer tipo de suplemento. Ela explica que é fundamental que as pessoas saibam que os suplementos não substituem os alimentos. “Eles servem para complementar a dieta se houver falta de algum nutriente importante para a saúde ou para o desempenho esportivo”, completa.

A especialista acrescenta que, se consumidos sem a devida orientação, os suplementos podem trazer efeitos colaterais, principalmente se ingeridos em doses erradas.

Com relação à confusão de muitos sobre diferença entre medicamentos e suplementos, ela aponta que, de acordo com a ANVISA, enquanto os medicamentos são produtos farmacêuticos destinados à prevenir, curar ou tratar doenças, os suplementos alimentares são produtos cuja finalidade é complementar a dieta diária com nutrientes que,  por algum motivo, não estão sendo ingeridos em quantidades suficientes partir da alimentação.  

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Ana Paula esclarece que, em alguns casos, a diferença entre um suplemento e um medicamento pode estar apenas na dosagem. “A ideia do suplemento é oferecer aquele nutriente que por algum motivo não está sendo ingerido em quantidade suficiente pela alimentação, por isso não deve tem o mesmo efeito de um medicamento”, pontua.

Ana Paula informa que pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir da década de 70 mostraram que, em geral, houve uma mudança significativa nos hábitos alimentares dos brasileiros. Um exemplo é a redução gradativa de itens como arroz, feijão, frutas e verduras da alimentação e inclusão de alimentos processados ricos em açúcar, gorduras e sal no cardápio.

A nutricionista cita dois aspectos desta mudança. O primeiro é o estilo de vida das pessoas que sofreu muitas alterações nos últimos 30 ou 40 anos. Como a maior parte das pessoas deixou o meio rural para morar na cidade, o trabalho passou a ser menos braçal e tornou as pessoas mais sedentárias.

A segunda mudança, que também está relacionada com a vida nos grandes centros urbanos, é a falta de tempo para se preparar a comida todos os dias. “Muitas pessoas passaram a fazer refeições fora de casa e a frequentar os chamados fast foods para ganhar tempo e conseguir cumprir todas as tarefas do dia”, explica.

Para que se tenha uma melhoria da qualidade de vida, ela orienta a busca por mais informações sobre a alimentação saudável. “Com informação, mesmo comendo fora de casa e com pouco tempo para se fazer a refeição, é possível fazer escolhas mais adequadas e saudáveis”, completa.

A especialista em Nutrição Esportiva lembra que um dos grandes desafios da população atualmente é conseguir aliar praticidade e saúde. “Ao invés de se comer uma fritura ou outro alimento muito calórico, é possível optar por opções mais saudáveis, mas também práticas, como as frutas secas e castanhas que podem ser transportadas no bolso”, diz.

Outra dica importante da nutricionista é manter o fracionamento das refeições, ou seja, comer algo de três em três horas como forma de manter ativo o metabolismo.

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